Servidores públicos federais fazem assembleia para decidir sobre em greve a partir de segunda
Os servidores federais da saúde, previdência e trabalho podem deflagrar greve por tempo indeterminado a partir da segunda-feira (28). A decisão deve ser tomada na noite desta sexta (25) em assembleia geral virtual realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Previdência e Trabalho do Estado da Paraíba (SindsprevPB), a partir das 19h.
Na manhã desta quinta (25), o comando de greve percorreu as unidades de trabalho, fortalecendo a adesão ao movimento. Foram feitas visitas as Agência da Previdência Social (APS) do Centro, dos Bancários e de Tambauzinho, onde houve reuniões com os servidores.
Reivindicações – O indicativo de greve segue o movimento nacional dos servidores públicos federais que visa pressionar o governo pela recomposição salarial de 19,99%, melhoria das condições de trabalho, realização de concurso público, valorização das carreiras dos servidores, arquivamento definitivo da reforma administrativa (PEC 32) e revogação da Emenda Constitucional nº 95/2016.
Para a diretoria do SindsprevPB, a mobilização dos últimos três dias demonstrou um resultado bastante positivo, principalmente dos servidores do INSS. “Realizamos um importante processo prévio de diálogo com as categorias, com visitas nos locais de trabalho e assembleias, o que vem aumentando a participação dos trabalhadores. Agora, é manter as atividades e buscar ampliar o movimento”.
Operação Apagão – No INSS, os servidores estão fazendo a operação Apagão. Quem está em trabalho remoto mantém os computadores desligados e quem está em atendimento não acessa o sistema, somente informam a população sobre o objetivo do estado de greve.
Esse apagão serve para denunciar o desmonte que ocorre desde 2016 na instituição.
Segundo o SindsprevPB, a ausência de concursos públicos e parque tecnológico, sistemas obsoletos, cortes consecutivos no orçamento, fechamento de agências e outras situações de descaso, transformaram o INSS em uma autarquia sucateada. A luta ainda é contra os salários congelados, as metas abusivas, um serviço com qualidade, contra o desmonte e sucateamento do instituto, entre outras reivindicações. Também está sendo feito um trabalho de conscientização com os servidores do Ministério da Saúde e do Trabalho para que se engajem na paralisação.